Inquérito Civil da 2ª Promotoria de Justiça de Paranaíba apura responsabilidade do município na falta de manutenção das estruturas.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Paranaíba, instaurou um inquérito civil para investigar as condições de trafegabilidade das pontes de madeira localizadas na área rural do município, publicado no Diário Oficial da instituição nesta quarta-feira (19). A medida foi tomada após o recebimento de denúncias por parte de moradores da região e do Sindicato Rural de Paranaíba, que se queixaram da situação precária das pontes.

Segundo o inquérito civil, diversas pontes de madeira, na zona rural de Paranaíba, se encontram em situação precária, com sua trafegabilidade prejudicada, o que coloca em risco a segurança dos moradores. Em 2024, quatro acidentes envolvendo o desabamento de pontes de madeira na área rural do município foram identificados. Em 2021, um desabamento em uma ponte no distrito de Alto Tamandaré resultou em uma vítima fatal e três feridos, que ocupavam um caminhão.

No referido procedimento, foi estabelecido prazo de cinco dias úteis para Prefeitura de Paranaíba adotar providências urgentes para o reparo adequado nas estruturas citadas, bem como informações detalhadas sobre o estado atual de cada uma das pontes e os reparos já realizados.

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A portaria, assinada pelo Promotor de Justiça e titular da 2ª Promotoria de Justiça de Paranaíba, Ronaldo Vieira Francisco, aponta que a gestão municipal tem se omitido na realização das manutenções necessárias para garantir a conservação e a segurança das estruturas. A omissão do município pode configurar ato de improbidade administrativa, por causar prejuízo e negligenciar a manutenção do patrimônio público.

Em ofício direcionado ao MPMS, no dia 25 de fevereiro, e anexado ao inquérito civil, o Sindicato Rural de Paraíba apontou a existência de nove pontes interditadas e outras sete com manutenção solicitada ao município.

Texto: Maurício Aguiar
Revisão: Rejane Sena

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Presidente do Sindicato Rural de Paranaíba entregou ofício ao Governador Eduardo Riedel solicitando que seja asfaltada a rodovia MS 310.

O Presidente do Sindicato Rural de Paranaíba, Fábio Carvalho Macedo, entregou ao Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ofício solicitando a pavimentação da rodovia MS 310 (Rodovia Maria Vitória Dias), ligando a MS 240 à MS 112, passando pelos distritos do Alto Santana e Alto Tamandaré.

O ofício se justifica por atender as reivindicações dos produtores rurais do município e pela importância da obra solicitada para o desenvolvimento da região.

Vale ressaltar que o mesmo pedido já havia sido feito anteriormente pelo Sindicato Rural de Paranaíba ao Governador Eduardo Riedel, em Dezembro de 2023.

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Com informações do  site Câmara Municipal de Paranaíba, com o texto e pesquisa de Ailton Júnior

Em toda cidade, há lugares e personagens que se tornam parte da história local, carregando memórias e tradições que atravessam gerações. Em Paranaíba, muitos pontos são reconhecidos dessa forma, como “O salgado da rodoviária”, “A voz da nota de falecimento” e “A pipoca da Praça da República”. Entre essas referências culturais, um nome se destaca: a famosa “Subida da Dona Nena”.

A “Descida da Dona Nena”, também conhecida como “baixada da Nena”, corresponde à parte da rua Rui Barbosa que liga o Jardim Maria Paula ao Bairro Santo Antônio. Algumas pessoas se referem à área como “Rua da Dona Nena”, abrangendo também a rua Francisco de Freitas Silveira.

Essa denominação tão enraizada na cultura popular tem origem na trajetória de Assunção Peralta Marinho, a Dona Nena, uma figura marcante do comércio local.

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 A vida de comerciante de Dona Nena

Nascida em Bálsamo-SP, filha dos espanhóis José Peralta Gervigia e Rosária Garcia Tortossa, Dona Nena cresceu na zona rural. Sua vinda para Paranaíba foi motivada pelo irmão, Vicente Peralta, que enxergou no município um mercado promissor na década de 1950, quando as estradas eram escassas e o transporte aéreo era uma alternativa importante.

Após muita insistência de Vicente, Dona Nena e seu esposo, Francisco Timóteo Marinho, decidiram mudar-se para a cidade por volta de 1952, chegando de avião em um campo de pouso próximo à delegacia. Naquele tempo, Paranaíba era um local de oportunidades para o comércio, e Dona Nena logo percebeu isso. Começou a buscar mercadorias em São José do Rio Preto-SP para revender na cidade, e rapidamente conquistou uma clientela fiel. Com o sucesso do seu bazar, tornou-se representante das máquinas de costura Vigorelli e também atuou como costureira, vestindo inúmeras noivas ao longo dos anos.

Com o passar do tempo e o crescimento da concorrência, seu bazar de roupas novas foi transformado em brechó. Mesmo assim, Dona Nena nunca perdeu o espírito empreendedor. Aos 85 anos, ainda demonstrava inquietação e o desejo de continuar movimentando seu comércio, apesar das dificuldades de locomoção causadas por um problema na perna.

A história de Dona Nena e a popularização da “Subida da Dona Nena” são exemplos de como a cultura popular molda o cotidiano e a identidade de Paranaíba. Mais do que um nome de rua, sua trajetória representa a força e a resiliência dos comerciantes que ajudaram a construir a cidade. Dona Nena faleceu em 14 de junho de 2016 aos 89 anos.

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